Meu amigo Zechin, grande poeta, escritor e ser humano, escreve o seguinte poema:
Eu não entendo as palavras escritas
As palavras faladas me são inaudíveis
Eu só entendo o silêncio
A linguagem das pedras e raízes
Eu não sei como algo pode
Parecer o que não é
As imagens oníricas dos espelhos
Eu não sei como chegar ao inatingível
Nós somos o que escondemos
Eu pertenço aos meus segredos.
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
As crianças da Praça da Sé
Naquele banco há uma
Mancha.
Disforme, em meio à inocência e à cola,
Ela ri
O riso dos famintos,
O riso sujo
Nosso de cada dia.
Crianças criadas
Pela rua,
Crianças crescidas,
Não nascidas,
Crianças mortas
No ventre nosso.
Mancha.
Disforme, em meio à inocência e à cola,
Ela ri
O riso dos famintos,
O riso sujo
Nosso de cada dia.
Crianças criadas
Pela rua,
Crianças crescidas,
Não nascidas,
Crianças mortas
No ventre nosso.
Poema da tua ausência
Um poema de amor na tua
Ausência
É mostrar a dor nua com
Inocência.
É falar dessa dor que não
Sinto
E que me dói por não
Senti-la.
Será essa uma mentira
Inacabada?
Será essa dor insuportável
Incapaz de sentir-se?
Um poema de amor na tua
Ausência
É uma vã tentativa
De te ver ali, imóvel,
E de te amar na sombra
Que ficou em mim.
Ausência
É mostrar a dor nua com
Inocência.
É falar dessa dor que não
Sinto
E que me dói por não
Senti-la.
Será essa uma mentira
Inacabada?
Será essa dor insuportável
Incapaz de sentir-se?
Um poema de amor na tua
Ausência
É uma vã tentativa
De te ver ali, imóvel,
E de te amar na sombra
Que ficou em mim.
O seu lado na cama
O seu lado da cama ainda está quente.
Permanece o seu cheiro adormecido
Nas entranhas do cobertor,
Qual uma pequena brasa
De amor contido.
Não sei se tentei tudo o que podia,
Mas era o que podia.
Eu ainda o procuro
Como se fosse um pássaro
Na imensidão da minha floresta.
Eu ainda o procuro
Dentro de mim
Permanece o seu cheiro adormecido
Nas entranhas do cobertor,
Qual uma pequena brasa
De amor contido.
Não sei se tentei tudo o que podia,
Mas era o que podia.
Eu ainda o procuro
Como se fosse um pássaro
Na imensidão da minha floresta.
Eu ainda o procuro
Dentro de mim
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